O Nitrogênio é encontrado na natureza na forma gasosa, na molécula biatômica (N2), formando cerca de 78% do ar atmosférico. Esse elemento é, depois do C, H e O, o nutriente demandado em maiores quantidades pelas plantas, de maneira geral. Em muitas situações o solo é incapaz de atender a demanda de N das culturas, sendo necessária a suplementação via adubação nitrogenada.
O N2 não é uma forma assimilável pelas plantas, contudo microrganismos específicos podem realizar a redução do nitrogênio atmosférico através do processo conhecido como Fixação Biológica do Nitrogênio. Esse nutriente também encontra-se no solo nas formas orgânica (em torno de 95%), de íons de amônio (NH4+) e íons nitrato (NO3–), estando disponível às plantas nas duas últimas formas, somente.
Suas funções nas plantas são diversas, sendo o N um componente da molécula de clorofila, imprescindível no processo de fotossíntese, além de ser constituinte de aminoácidos e ácidos nucleicos (DNA e RNA).
As principais formas de perdas do N no solo estão associadas à remoção pelas culturas, lixiviação, desnitrificação e volatilização da amônia.
A ureia é, atualmente, o fertilizante nitrogenado mais usado no Brasil devido à alta garantia de nitrogênio (N) e o menor preço por unidade de nutriente aplicado (TASCA et al., 2011). Contudo, esse fertilizante apresenta elevado potencial de perdas, a depender de diversos fatores como o manejo utilizado, temperatura, umidade, teor de matéria orgânica no solo e textura do solo (OKUMURA; MARIANO, (2012), principalmente por volatilização.
Nesse intuito o Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão (GAPE) realiza alguns experimentos envolvendo este nutriente, que é um dos mais importantes e que se bem manejado apresenta respostas expressivas e significativas, principalmente na produtividade das mais diversas culturas.
As principais linhas de pesquisa que o grupo aborda são os efeitos da adubação nitrogenada na produtividade e qualidade do algodoeiro, onde compara-se doses, fontes e parcelamento de N, sendo este realizado nas regiões de Mato Grosso e Bahia. Outros estudos que o grupo aborda, principalmente na região de São Paulo são a resposta a doses e parcelamento do nitrogênio em início, meio e fim de safra, e, além disso, o parcelamento da adubação nitrogenada via solo e via foliar, ambos utilizando a cultura da cana-de-açúcar.