PERSPECTIVAS DO AGRONEGÓCIO DO PAÍS: SOJA

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA, 2018) houve valorização do dólar em frente ao real, forçando a elevação do preço da soja no mercado interno. A grande demanda externa do  e a quebra de safra na vizinha Argentina, também impulsionaram para a valorização da oleaginosa que também tem valor influenciado indiretamente pela demanda de farelo e óleo de soja.

Em abril, o Brasil exportou 1,55 milhão de toneladas de farelo de soja, o maior volume dos últimos 11 meses, já as exportações do óleo de soja totalizam 164,44 mil toneladas em abril (CEPEA, 2018), fatos que afirmam o Brasil como uma potência na produção do grão.  De acordo com a Conab (2018) o Brasil terá expansão de 4% de área plantadas, passando de 33,90 milhões de hectares na safra para 36,50 milhões.

Mesmo com as áreas plantadas expandindo suas fronteiras, a produtividade do Brasil irá decair, passando de 3.330 kg.ha-1 na safra 2017/2018 para 3.210 kg.ha-1 na 2018/2019 (CONAB, 2018).

Mercado Nacional

Como já mencionado anteriormente, a soja vem em alta devido ao alto preço do dólar e às altas das exportações. O Brasil exportou nos oito primeiros dias úteis de maio, aproximadamente 5,34 milhões de toneladas de soja em grãos, com um valor diário de 667,5 mil toneladas. Caso essa taxa de exportação continue constante, as estimativas apontam que em 2018 seja escoado o recorde histórico de 14 milhões de toneladas (CONAB, 2018 apud SECRETÁRIA DE COMÉRCIO EXTERIOR, s.d.).

Os preços nacionais da soja no mês de abril conseguiram atingir altas significativas quando relacionados com o mês de março de 2018 com acréscimo médio de aproximadamente 8,31%. Todavia, quando comparado com o mesmo mês do ano passado (2017), houve um decréscimo de aproximadamente 24,78%, e de 11,73% em relação à abril de 2016. Pode-se notar que às safras no Brasil vem tendo quedas consecutivas, que podem ser explicadas principalmente pelos problemas climáticos.

A produção brasileira está estimada em quase 117 milhões de toneladas, com isso a Conab (2018) definiu que o consumo total do brasileiro será de 47,70 milhões de toneladas e as exportações superiores aos 70 milhões de toneladas.

Figura 1: Comportamento da produtividade da soja no Brasil.

Fonte: Conab, 2018.

Mercado internacional 

Estima-se que a produção de soja mundial em 2019 terá redução de 5,30%, quando comparada à safra 2017/2018, atingindo 354,54 milhões de toneladas. Mesmo assim, tudo indica, que o Brasil passará a ser o maior produtor de soja do mundo, com aproximadamente 33% da produção mundial. Se somarmos as produções estimada para a safra 2018/2019 do Brasil, Estados Unidos (32,85%) e Argentina (15,80%), conclui-se que esses países somam 81,65% da safra mundial. (CONAB, 2018 apud Departamento de Agricultura Americano – USDA, s.d.)

            Ainda de acordo com a Conab, o Brasil continua a ser o maior exportador do grão do mundo, sendo responsável por 44,68% de todas as exportações mundiais. Já fala-se em números para as exportações da próxima safra, onde estima-se que o Brasil irá exportar cerca de 72,30 milhões de toneladas.

Referências:

COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB). Soja. 2018. Disponível em:<file:///C:/Users/Aquiles/AppData/Local/Packages/Microsoft.MicrosoftEdge_8wekyb3d8bbwe/TempState/Downloads/ConjunturaZmensalZdeZsojaZmaioZ2018.pdf>. Acesso em: 28 maio 2018

CEPEA. Agromensal Soja. 2018. Disponível em: <https://www.cepea.esalq.usp.br/upload/revista/pdf/0410263001525787094.pdf>. Acesso em: 28 maio 2018.

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