Na sexta-feira, do 03 de agosto de 2018, o setor agrícola foi surpreendido por uma decisão do Ministério Público Federal (MPF), na qual ficou suspenso o uso de produtos à base de glifosato por 30 dias. A determinação tomada pelo MPF, tem como objetivo o pedido à ANVISA e a União, para que haja antecipação dos procedimentos de reavaliação toxicológica de alguns ingredientes ativos, dentre os quais se encontra o glifosato. A ANVISA tem um período de 180 dias ou outro prazo razoável a ser fixado pelo juiz para acatar a sentença (MOURA, 2018).
As revendas que possuem o produto em estoque, assim como os produtores que já o possuem, estão proibidos de utiliza-los (NAVARRO, 2018).
Com a proibição do uso do glifosato e o inicio da safra 2018/2019 a produção de soja e milho serão prejudicadas, pois o produto é um herbicida muito utilizado no controle de plantas daninhas. Segundo Bartolomeu Braz Pereira, presidente da Aprosoja Brasil, 90% das lavouras de soja utilizam glifosato, sendo praticamente impossível o cultivo desta oleaginosa sem o produto (SAMORA; GOMES, 2018).
Pereira ainda destaca que o plantio direto se torna viável devido ao uso do herbicida, pois o glifosato, sendo necessário a ANVISA buscar uma solução rápida, bem como uma nova possibilidade para a agricultura na falta do glifosato (SAMORA; GOMES, 2018).