O Brasil está entre os cinco maiores produtores mundiais de algodão, sendo o primeiro colocado com relação à produtividade em áreas de sequeiro. Na safra 2017/2018, o país registrou uma área plantada de 1,176 milhões de hectares, produção de 1,959 milhões de toneladas de pluma e produtividade de 1666,16 kg ha-1, com destaque para os estados Mato Grosso e Bahia (ABRAPA, 2018).
A fim de se alcançar boa eficiência produtiva na cotonicultura é essencial realizar a adubação correta, principalmente quanto ao nitrogênio, que está associado à altas produtividades e também à diversos mecanismos de perda, como a lixiviação e a volatilização. Dessa forma, são feitas aplicações parceladas com adubos nitrogenados para tentar reduzir as perdas (CARVALHO, 2007).
Dada a importância da relação entre adubação nitrogenada e a produtividade do algodoal, o Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão (GAPE) desenvolveu, junto a YARA, um experimento que tem por objetivo avaliar qual o efeito na produtividade e qualidade do algodoeiro realizando-se a adubação com ureia, produto com altas perdas por volatilização, e um produto da empresa, que devido a sua composição apresenta menores perdas de nitrogênio, variando as doses e épocas de aplicação.
O experimento foi instalado em duas localidades, Fazenda Panorama em Correntina – BA e Fazenda Paiaguás em Diamantino – MT abrangendo assim as maiores regiões produtoras de algodão do país. As localidades, por suas características, diferem quanto a época e número de aplicações no parcelamento de N; na Bahia foram realizadas 2 aplicações enquanto que no Mato Grosso aplicou-se 3 vezes seguindo o manejo comumente utilizado em cada região.
Na semana de 13 a 17 de agosto, membros do GAPE e do processo seletivo realizaram a colheita do terceiro e último ano do experimento em Diamantino, a qual é realizada separando-se os capulhos por terço da planta (ponteiro, terço médio e baixeiro), além de se retirar uma amostra geral de cada tratamento (sem separação). As amostras serão enviadas para análise de qualidade da fibra e, posteriormente, faremos a avaliação estatística dos resultados obtidos.