O fósforo é responsável pelo armazenamento (glicose, frutose e ATP) e transferência (fosforilação oxidativa, fosforilação fotossintética e glicólise) de energia na planta, sendo importante nos processos de respiração e fotossíntese (DUARTE, 2019).
Essas funções mostram a importância do fósforo no crescimento e desenvolvimento da cultura, principalmente nos estádios iniciais para permitir o crescimento máximo das raízes, o que justifica a adubação na semeadura. No início do desenvolvimento das plantas a exigência energética é muito alta, sendo suprida pela presença de fósforo no solo.
Nessa fase, caso haja limitação no fornecimento desse nutriente, pode haver comprometimento da produção, algo do qual a planta não se recupera posteriormente, mesmo que se aumente o suprimento de fósforo à níveis adequados. A falta de fósforo no período mais tardio do ciclo tem impacto muito menor na produtividade da cultura do que no início (GRANT et al., 2001)
No Brasil, os solos têm grande potencial de perda de fósforo por fixação. Isso ocorre devido ao seu alto grau de intemperismo, contribuindo para presença de óxidos-hidróxidos de Fe e Al que colaboram para que esses solos tenham capacidade expressiva de reter o fósforo em sua fase sólida através de ligações com alto grau de covalência, sendo assim, um fator limitante para agricultura brasileira, pois quando aplicado fertilizantes fosfatados, o P se torna indisponível para a planta.
Visando aumentar a eficiência dos fertilizantes fosfatados solúveis e de maiores valores agregados, vários produtores estão realizando a fosfatagem, uma prática corretiva que visa, através do uso de fontes menos solúveis e mais baratas de fósforo, aumentar a eficiência do fósforo aplicado via fertilizante solúvel, fazendo com que este fique prontamente disponível as plantas. A fosfatagem tem grande importância em solos argilosos e é feita com o uso dos chamados FNR (fosfato natural reativo).
Existem também algumas tecnologias de recobrimento de fertilizantes fosfatados com o objetivo de regular a liberação de íons fosfatos no solo de modo que este se disponha de maneira mais lenta e uniforme, podendo ser aproveitado pelas plantas de maneira mais eficiente em relação aos seus aspectos nutricionais seja com polímeros (compostos orgânicos de grande massa molecular formados por monômeros) ou com o enxofre (S) em sua forma elementar (S0) e na forma de sulfato (SO42-) para revestir e ser incorporado em grânulos de fertilizantes (CRUZ, 2017).
Tendo em vista a importância do fósforo e seu manejo para a agricultura brasileira, o GAPE atualmente conta com duas linhas de pesquisa relacionadas ao manejo deste macronutriente. De modo a avaliar a eficácia da fosfatagem e doses de fósforo em cana-de-açúcar, o Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão (GAPE) atrelado ao Programa Cooperativo de Experimentação e Manejo (PCEM) desenvolveu a linha de pesquisa “Adubação fosfatada em cana planta”. Já com relação a tecnologias de fertilizantes fosfatados, o Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão (GAPE) está desenvolvendo na safra 2019/20 o experimento intitulado por “Efeito de fertilizante fosfatado recoberto na soja e no milho 2ª safra”. É através de pesquisas como essas que o Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão (GAPE) busca otimizar e aumentar a eficiência da agricultura brasileira.
REFERÊNCIAS
CRUZ, Diego Fernandes da. Processo de liberação controlada de fosfato e seu controle empregando revestimento polimérico: viabilidades e comprovações experimentais de uma resina baseada em óleo de mamona. 2018. 37 f. TCC (Graduação) – Curso de Química, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2017.
DUARTE, Giuliana Rayane Barbosa. MANEJO DE FÓSFORO PARA PLANTAS: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER. 2019. Disponível em: <https://blog.aegro.com.br/fosforo-para-plantas/> . Acesso em: 28 nov. 2019.
GRANT, C.a. et al. A IMPORTÂNCIA DO FÓSFORO NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DA PLANTA. 95. ed. São Paulo: Potafos, 2001. 5 p. INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS. Disponível em: <http://www.ipni.net/publication/ia-brasil.nsf/0/43C5E32F5587415C83257AA30063E620/$FILE/Page1-5-95.pdf> . Acesso em: 28 nov. 2019.
NOVAIS, R. F.; ALVAREZ V., V. H.; BARROS, N. F.; FONTES, R. L. F.; CANTARUTTI, R. B.; NEVES, J. C. L.. Fertilidade do solo. Viçosa, 2007. 1017 p.
VITTI, G. C.; MAZZA, J. A. Planejamento, estratégias de manejo e nutrição da cultura de cana-de-açúcar. Piracicaba: Potatós, 2002. 16 p. (Informações agronômicas).
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