Sabe-se que as condições de armazenamento influenciam na qualidade dos fertilizantes, tanto em suas propriedades químicas quanto físicas. Para que as características do produto permaneçam inalteradas até o consumo, alguns cuidados devem ser tomados para que o mesmo possa ficar estocado sem prejuízo à sua qualidade (GANDOLFO, 2004).
De maneira geral o armazenamento deve ser realizado, preferencialmente, em área coberta, seca, ventilada, com piso impermeável (ou sobre pallets de madeira) e afastados de materiais incompatíveis. Deve-se evitar o armazenamento de fertilizantes sob a luz solar, pois grandes oscilações de temperatura provocam empedramento.
Quando o armazenamento ocorre a céu aberto o fertilizante deve ser colocado sobre lonas ou pallets para evitar o contato direto com o solo. Além disso, deve ser feito o enlonamento nas partes superior e laterais para evitar a entrada de água das chuvas e impacto de outros danos ambientais.
O armazenamento de fertilizantes em galpões totalmente fechados deve ser feito, preferencialmente, sobre pallets ou estratos de madeira. Caso não seja possível, deve-se forrar o chão com sacos plásticos ou lona plástica para evitar o contato direto do adubo com o piso. Em relação à altura da pilha, a mesma não deve ultrapassar 50 sacos, esta altura evita a compactação nos sacos inferiores, diminui o risco de empedramento e o possível rompimento dos sacos inferiores devido à pressão exercida. Além disso, devem ser mantidos espaços de aproximadamente 50 cm entre as pilhas e as paredes para que ocorra ventilação (ANDAV, 2017).
No setor dos fertilizantes um dos maiores gargalos enfrentados refere-se à logística, a qual define a competitividade do agronegócio como um todo. O bom planejamento da logística de fertilizantes envolve a redução de custos para entregar ao produtor um produto mais competitivo. No entanto enfrenta-se uma série de desafios para que o mesmo possa ocorrer de forma eficiente no território brasileiro, entre eles destacam-se:
– Aumentar a eficiência dos terminais portuários;
– Melhorar o planejamento de preços do frete;
– Consolidar o modelo multimodal para o transporte de fertilizantes (incluir meios como o ferroviário e hidroviário);
– Aumentar a capacidade de estoque para que um maior volume possa ser importado em períodos nos quais os valores do produto e do frete estejam reduzidos;
– Consolidar o conceito de logística colaborativa (cooperação entre vários agentes da cadeia);
– Investir nos portos do chamado Arco-Norte brasileiro para importação de fertilizantes, etc.
Além desses pontos, analisando-se o transporte dos fertilizantes muitos cuidados devem ser tomados e deve-se atentar à qualidade do transporte para que se mantenham as características do produto. Dentre os cuidados alguns dos que se destacam são:
– Inspeção de segurança e qualidade das embarcações;
– Atenção para evitar contaminações no depósito ou durante transbordo;
– Higienização dos locais em que os fertilizantes ficam;
– Utilização de embalagens adequadas para o transporte e armazenagem;
– Cuidados no descarregamento, etc.